segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Ninguém é de ninguém (Zíbia Gasparetto)


Livro da Zíbia Gasparetto
Ninguém é de ninguém..... Eu Recomendo !
Vocês já ouviram falar neste livro ?!?!?! É um Livro Espírita que fala sobre ciúmes .... Não precisa ser espírita para ler, antes que vocês perguntem..... eu recomendo, li, adorei, chorei com a história e aprendi muito sobre isso ..... fez eu pensar do jeito que eu penso hoje ....
Para muitos o ciúme é uma prova de amor, nossa para mim sempre foi isso ...... eu cuido do que é meu..... É meu eu cuido mesmo .... coisas do tipo .... Mas na realidade é uma forma de tornar se proprietario da pessoa ..... Temos que ter a conciencia de que nós somos proprietário apenas de nós mesmo ...... Cada um cuida da sua vida, cada um tem sua conciencia, ninguém é criança para fazer as coisas sem querer ...... Sabemos o que é certo ou errado ...... É duro mas temos que deixar os nossos companheiros livres, fazerem o que quiserem, assim saberemos se eles gostam realmente da gente ..... Se a pessoa gosta mesmo da gente, elas sempre voltam, pode demorar o tempo que for, quando menos esperamos eles voltam .... de mansinho querendo conquistar novamente nosso coraçao ....... Às vezes eles voltam um pouco tarde mas se for verdadeiro sempre voltam .........
por isso que eu digo, não fiquem procurando coisas, vivam a vida com itensidade, cuidem da suas vidas e pare de querer saber onde está, com quem vai, fazer o que, por quê? É dificil mas temos tentar pensar primeiramente na gente e depois na outra ....... temos que ter amor proprio e lembre se NINGUÉM É NINGUÉM !!!!
Galera eu aprendi muito ultimamente lendo livros espíritas ... Eu recomendo ..... Não julguem antes de conhecer ..... Olhe sempre pra frente ... esquece o passado ele já passou ...... nao volta mais ..... e parem de tenatr adivinhar o futuro porque o futuro ainda está muito longe do presente ...... pensem no hoje pois O TEMPO CERTO É AQUELE EM QUE AS COISAS ACONTECEM E O AMANHÃ À Deus PERTENCE !!!!!
(Este texto não é meu....mas achei interessante e resolvi colocar no meu perfil, porque já li o livro também. e tenho os mesmos conceitos a respeito de ciúmes..Cleo...)

domingo, 29 de agosto de 2010

O Sentido da Religião Espírita


       O Espiritismo não é uma religião organizada dentro de uma estrutura clerical. Neste sentido, ele é profundamente diferente das religiões tradicionais. Não tem sacerdotes, nem chefes religiosos. Não tem templos suntuosos. Não adota cerimônias de espécie alguma, como batismo, crisma, "casamentos", etc. Não tem rituais, nem velas, nem vestes especiais, nem qualquer simbologia. Não adota ornamentação para cultos, nem gestos de reverência, nem sinais cabalísticos, nem benzimentos, nem talismãs, nem defumadores, nem cânticos cerimoniosos (ladainhas, danças ritualísticas, etc.), nem bebida, nem oferendas, etc.
      O culto espírita é feito no próprio coração. É o culto do sentimento puro, do amor ao semelhante, do trabalho constante em favor do próximo. Somente o pensamento equilibrado no bem nos liga a Deus e somente a prática das boas ações nos fazem seus verdadeiros adoradores. Assim, o Espiritismo procura reviver os ensinamentos de Jesus, na sua simplicidade e sinceridade, sem luxo, sem convencionalismos sociais, sem pompas, sem grandezas, pois, como nos recomendou o Mestre de Nazaré, Deus deve ser adorado "em espírito e verdade".
        O Espiritismo é o Consolador prometido por Jesus.
        "Se vós me amais, guardai meus mandamentos; e eu pedirei ao meu Pai, e Ele vos enviará um outro Consolador, a fim de que permaneça eternamente convosco: O Espírito de Verdade que o mundo não pode receber, porque não O vê e não O conhece. Mas, quanto a vós, vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós. Mas, o consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará, em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará relembrar de tudo aquilo que eu vos tenho dito". (Jesus) - Evangelho de João, capítulo XIV, versículos 15 a 17 e 26.






Nasci pra ser FELIZ !!!!


É CHEGADA A HORA DE MUDAR !
E para melhor !!!!
A vida da gente é atualizada todos os dias, a cada instante, a cada segundo.
As coisas mudam e precisamos mudar também.
Ficar com a cabeça "fechada" em uma idéia fixa, sem tentar
olhar para os lados e ver as oportunidades passando, nos
faz muito mal ! ME FEZ MUITO MAL !
Vim de uma família antiga, adequada aos padrões rígidos de educação.
Se a educação era dura, difícil para os meninos, imagina então para uma MENINA ?
Fui muito bem educada pelo meus pais !
Eles me ensinaram  a ser digna, a ter respeito comigo mesma e com meus semelhantes, a ser responsável, honesta, enfim...me ensinaram tudo de bom...sempre fui uma pessoa consciente dos meus deveres e obrigações. Como em qualquer família daquela "época", que não está tão distante assim..fui ensinada a ser mãe e dona de casa. Foi esta a educação que recebi . Nunca, ninguém da minha família me incentivou a ser "alguém" na vida, aliás nem tinha tempo para pensar sobre estes assuntos pois, as minhas obrigações sempre estavam em primeiro lugar ...estudar sim..o suficiente...e só !
Mas com o tempo, eu fui descobrindo que eu queria muito mais do que uma vassoura e um rodo, do que um a ferro de passar roupas, do que aprender crochê.....descobri o poder da leitura, descobri que fazer amigos é muito bom e sonhar com um futuro cheio de oportunidades, melhor ainda !!!!
E estas vontades foram tomando conta de mim...
Mas como já disse antes, fui criada sob rígidos conselhos e muita disciplina.
O medo da desobediência, e o respeito que eu sempre pelos meus pais, fizeram com que a cada "NÃO"
eu aceitasse numa boa, sem me impor, simplesmente pelo fato de não desobedecê-los.
Tive tantos sonhos, tantas vontades, tantos projetos.!
Criei em minha mente uma história, um projeto de vida, que para mim era real !
Um projeto (continuo mais tarde)...
(Voltando.....) que era mais ou menos assim...

"Vou fazer teatro ! Fui atrás das professoras da escola, atormentei a vida delas e consegui fazer a minha primeira peça...A BONECA DE PANO....(eu estava na 4ª série do antigo primário)...
Foi uma peça excelente ! depois desta vieram muitas outras, apresentada na igreja na época de Natal e na escola mesmo, para as crianças de outras séries..quando eu estava na 6ª série, uma professora me convidou para fazer um curso de teatro em Campinas, pois ela acreditava na minha capacidade artística...(Dona Dulce)...fiquei feliz da vida...aquela era oportunidade real que eu estava certa que iria realizar !
Cheguei em casa toda feliz da vida e fui contar a novidade...enquanto as peças de teatro era só para a escola e a igreja, minha mãe apesar de reclamar, ainda me deixava fazer, mas quando houve uma oportunidade real de realizar aquele sonho, ouvi em alto e bom tom um sonoro "NÃO" e ponto final.!
-:Você não vai fazer teatro, porque você é muito nova !
Argumentei, chorei, pedi por favor, pedi a Dona Dulce que falasse com a minha mãe, mas ela foi irredutível.
Não deixou mesmo e acabou....Tinha companhia pra ir, tinha conseguido uma oportunidade, tinha visto um sonho passar em minha frente e ir embora...minha mãe não deixou, nem ao mesmo eu ir ao teatro conhecer.
Fiquei tão decepcionada, tão triste, que nunca mais, nunca mais mesmo, participei de nada.

Esta foi uma das minhas primeiras decepções......
(que eu desperdicei a chance de não ter lutado por ela)

Em uma outra época, já estava um pouco maior,  acho que com 15 anos...eu estudava e trabalhava (empregada doméstica) trabalhava de manhã e estudava a tarde...e só tinha a noite livre para fazer os trabalhos da escola, e nos finais de semana era missa aos sábados e "NADA' no domingo....
Eu não tinha liberdade pra sair com as minhas amigas, ir na casa delas ou até mesmo elas virem na minha casa...minha mãe não gostava, até que teve um dia que eu "torrei" tanto a paciência do meu pai para eleconvencer a minha mãe me deixar ir em um bailinho na casa de uma amiga próxima de casa (a Dil)
e ele pediu que ela acabou concordando, mas me deu horário para voltar, o bailinho começou as 20:00 e eu teria que estar em casa antes das 22:00 ...(era quase impossível) mas mesmo assim eu fui..feliz da vida...
Chegando lá, eu encontrei a minha "turma" e eles ficaram muito contentes em me ver lá..até brincaram que eu havia saído da prisão....quando eu ia começar a me divertir, chega meu pai, 21:30 para me buscar.
Sem mentira...juntaram os meus amigos e pediram...deixa ela ficar, nos a levaremos para casa....aquela coisa e tal...meu pai acabou concordando, e eu pude ficar até mais tarde....mal sabia eu, a bronca que iria levar depois....mas tudo bem...fiquei...mais tarde meus amigos me acompanharam até em casa. Eu estava radiante , mas a bronca que eu levei foi tamanha, que apagou o meu brilho...mas eu estava muito feliz por dentro....
Usei então de artifícios para ter os meus amigos por perto...para a minha não brigar com meu pai por minha causa, e nem comigo, comecei a pedir para o meu pai, que me deixasse fazer bailinhos em casa....ele argumentou e acabou a vencendo pelo cansaço ! Ebâ....(estava conseguindo um pouco mais de liberdade)...
Com o tempo ela se acostumou com a minha turma...acho que ela conhecendo melhor as pessoas com quem eu saía, deu a ela mais segurança.
Ela parou com aquele cuidado excessivo comigo...já aceitava mais os amigos virem em casa e eu sair com eles também....(foi uma das melhores épocas da minha vida, que eu não esqueço nunca !...com meus melhores amigos )
continua.....Cleo...


Frases que curam...ou quase !


Queria voltar a ser criança,pois joelhos machucados curam-se mais rápido que corações partidos.

O perdão em uma relação, tem efeito apenas anti-séptico: cura, mas não remove a cicatriz


Para que serve uma relação

Para que serve uma relação?


Definição mais simples e exata sobre o sentido de mantermos uma relação?
"Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil".
Vou dar continuidade a esta afirmação porque o assunto é bom, e merece ser desenvolvido.
Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça. Todos fadados à frustração.Uma armadilha.
Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.
Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo, enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.
Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo.
Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.
Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair.
Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.

Dr. Drauzio Varela

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Vida a dois


A vida a dois




© Letícia Thompson


A vida a dois é difícil. Quando as pessoas são bem jovens, ela pode destruir a ilusão de namoro eterno, com o desgaste do dia-a-dia. E quando as pessoas resolvem passar a viver a dois depois de uma certa idade, alguns hábitos se instalaram nelas e tudo o que é novo vem perturbar isso. Daí tantos choques. Daí casamentos que não dão certo quando o namoro caminhava maravilhosamente bem.

Quando a gente sonha, nunca sonha problemas. Provavelmente é por isso mesmo que são chamados de sonhos. Quando se trata de amor, sonha-se com namoros, momentos a dois, uma harmonia perfeita. Mas chega a vida a dois... e dona realidade entra em cena.

Ai!... dona realidade! A gente começa a ver o outro exatamente como é quando se levanta, quando se deita, quando está de mau-humor, cansado. A ilusão do perfeito vai se desfazendo aos poucos. De tanto ver o outro, não há mais espaço para a saudade. Tudo vira tão comum!...

Quando atingimos um objetivo, deixamos de lutar por ele. Não passa pela nossa cabeça que é preciso, a cada dia, conservar essa conquista. Um namorado que vira esposo esquece-se do quanto é bom namorar, esquece-se que a Cinderela está ainda bem viva no interior daquela que seu coração escolheu. Uma namorada que vira esposa esquece-se muitas vezes que precisa estar bela para o seu querido.

Cada qual consagra mais do seu tempo a outras coisas porque pensa que o que foi adquirido é definitivo. Mas não é. O amor, por mais forte que seja, se desgasta também. Viver a dois é viver a dois e não somente dormir a dois. Se cada um vai procurar satisfações em outros lados, a relação se termina.

É preciso guardar-se um pouco para o outro. É preciso conservar um pouco de mistério, não ser tão comum. É preciso continuar namorando, mesmo se os meses e anos passam. É preciso não estar distante demais para que o outro perceba que pode escolher outros caminhos, nem junto demais para que o outro não se sufoque.

É preciso muita maturidade para se viver essas situações. É preciso guardar-se de envolver as famílias nos problemas do casal.

Se você se encontra numa situação assim e precisa conversar com alguém, tenha sabedoria para escolher essa pessoa. Pais e mães, com todo o amor e respeito que devemos a eles, estão emocionalmente envolvidos demais para que possam ajudar e dificilmente não vão tomar partido, o que ao invés de ajudar, só atrapalha.

O próprio nome diz: vida a dois. Problemas a dois. Soluções a dois. Porque a felicidade ou infelicidade é a dois também.

E Deus, que é Pai dos dois, saberá dar orientação. É preciso, nesse caso, olhar para Ele, que sabe perfeitamente onde colar os pedaços e dar unidade onde nossos olhos humanos só vêm duas metades separadas e sangrando.

Sobre a minha depressão....

Eu tenho depressão...
Isto é fato...
Faço tratamento, terapia, tomo Frontal, Efexor XR, Carbamazepina e Puran t4, porque a depressão me desenvolveu Hipotiroidismo..
Estou com depressão há quase 5 anos, mas apenas há 2 anos faço tratamento...nos primeiro sinais, sintomas, achei que era coisa passageira, que sairia desta sozinha...o tempo foi passando e eu piorando.
Meu corpo me dava sinais que algo estava errado. Comecei a sentir fortes dores de estômago, muito enjôo, e vômitos constantes. Emagreci 12 kgs em 2 meses, desidratei. Sentia vontade de morrer e uma culpa sem tamanho.Tive crise do pânico. Parecia que eu era culpada por tudo...culpa por gostar, culpa por não gostar, culpa por causas banais...me sentia o pior de todos os seres humanos e não entendia a causa, o porque de tudo aquilo . Perguntava pra Deus, o que eu tinha feito de tão grave, pra estar passando por tudo aquilo...sou casada, tenho 3 filhos, uma família que me apoia, enfim tudo aparentemente perfeito....
Mas o que eu não sabia, é que dentro de mim, eu estava cheia de traças, e que fizeram a minha estrutura desabar.Desabou literalmente, não havia mais conserto. teria que reconstruir tudo novamente. Então, com muito sacrifício, EU, só, porque até então, ninguém me convencia, resolvi  ir atrás de tratamento, pois do jeito que estava, piorando a cada dia, não podia ficar Um dia olhei nos olhinhos da minha filha, cheio de lágrimas me perguntando "Mãe, você não vai morrer né?"..e foi daquele instante que resolvi procurar ajuda e entender porque, aquilo tinha acontecido comigo ? Justamente comigo ?
E graças a Deus, encontrei uma psiquiatra, Dra Claúdia, que me ajudou e esta me ajudando muito me livrar dos meus "fantasmas".
Eu tinha problemas mal resolvidos na minha vida, desde a infância, que ficaram guardados na minha memória...descobri também que me frustrei, por não ter tido a vida que idealizei  para mim...me culpava o tempo todo por minhas escolhas...me culpava até memso por eu não ter sido culpada de nada...Pra piorar a situação, meu marido sempre foi muito ciumento,eu eu não dava e nunca dei motivos, e eu para não dar motivos para briga, me afastei das pessoas mais importantes da minha vida, meus amigos...me tornei uma pessoa SÓ. Eu só vivia para casa, para os filhos e para o marido...me anulei como pessoa, como ser humano, me coloquei em último lugar pelo bem deles e "meu"
Me esqueci que eu era um ser humano, único, com minhas vontades, com meus sonhos, com meus ideais.
 marido via tudo distorcido. Minha vida virou um inferno, literalmente...mas por causa dos meus filhos, eu fui aguentando, até que chegou um dia, que eu resolvi que não iria mais viver. Coloquei um frasco inteiro de remédios na minha boca  achando que seria o fim..mas não foi...dormi mais de 1 semana...e depois deste dia, com o susto que todos levaram, então as pessoas começaram a me dar mais atenção e perceberam que realmente não era frescura e muito menos pra chamar a atenção...eu queria mesmo morrer, sumir, dar fim na minha vida, daquela angustia...nada mais fazia sentido, nem mesmo meu filhos já não me importavam mais...e foi assim...
Passei por crises depressivas graves, várias e várias vezes, mas foi depois destas crises, que eu econsegui fazer com que as pessoas me enxergassem e vissem...EI...EU ESTOU AQUI !
Tivemos muitas e muitas conversas, consegui me expressar, colocar pra fora tudo o que eu estava sentindo sem medo, sem raiva, e com muita consciência do que eu estava falando...
Hoje, graças a Deus, muita coisa mudou...não posso dizer que estou curada, porque não estou, mas já consigo fazer muitas coisas que antes eu nem sequer me atrevia fazer....conversar com meus amigos, era uma delas.... Hoje, já consegui reunir algumas amigas em minha casa, já converso com alguns amigos, sem que por trás tenha desconfiança (pelo menos eu acho que não) e é o que eu preciso..de confiança !
Bom por hj é só...outro dia volto a escrever um pouco mais...
Por Cleo.... 

Amigos são irmãos que deus nos permite escolher.


Arranje tempo para ser amigo
É a estrada para a felicidade
Arranje tempo para sonhar
É seu vagão a uma estrela engatar...
Arranje tempo para amar e ser amado
É o privilégio dos deuses.
Arranje tempo para olhar ao redor
O dia é muito curto para ser egoísta.
Arranje tempo para rir
É a música da alma.

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Amizade



A verdadeira amizade é uma pérola
de valor inestimável.
Cultive a amizade.
Corresponda às gentilezas.
Não se encolha.
Nem se afaste dos outros.
Aproxime-se.
Há muito de amor trancado em você.
Procure ser o amigo das horas difíceis.
Dê demonstrações de sua amizade,
mas não espere ser correspondido(a).
Compreenda que nem todos
são como você.
Tolere as faltas dos seus amigos.
Tenha amizade pura e desinteressada.
Não deixe que o tempo a consuma.
Não pode ser amigo,
quem não AMA INCONDICIONALMENTE.






Texto do Livro
Gotas de Esperança de
Lourival Lopes

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PARA VOCÊ, COM CARINHO.



"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade
que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite
que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem
intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido
todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os
meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o
quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer
o quanto gosto deles.Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão
incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não
declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de
como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu
equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu,
tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto
pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida
ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma
lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da
vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando
comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e,
principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que
são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os."






(Vinícius de Moraes)*


Amor de Amigos....


Amor De Amigos


A relação de Amizade é uma grande manifestação do Amor humano. O Amor de Amigos é Amigável, puro e sem hipocrisia. A pessoa escolhe livremente gostar dessa pessoa, amar essa pessoa, a que chama AMIGO. A pessoa não está ligada á outra pelo instinto! É uma simpatia pela pessoa. Amizade pode existir entre homem e mulher, entre homen e homem, entre mulher e mulher. Neste Amor de Amizade não há! Não existe atração sexual. Quando uma pessoa pratica o celibato ela esquece em absoluto o sexo. Outros querem somente se dedicar ao AMOR DIVINO. Esta Amizade por Deus e as pessoas sem atração sexual existe entre os Santos e aqueles que decidem Amar a Deus, sua Familia, Amigos e seus semelhantes. A verdadeira Amizade ou seja Amor de Amigos, traz muita alegria a pessoa. Ama e dá sem esperar nada em troca. Não Ama o Amigo pelo que ele fêz ou faz! Ama independentemente da ajuda, de qualquer coisa que a pessoa Amiga faça.

Nós Amamos os nossos Amigos queremos estar perto deles. Desejamos o melhor para eles. Desculpamos os erros. Temos bons pensamentos, boas palavras, bons sentimentos, bons desejos para os nossos Amigos.Desejamos tudo de bom para os nossos Amigos. Somos sinceros! puros! Amaveis! Honestos! Leais! E Verdadeiros, com os nossos Amigos. Esta é a verdadeira relação de Amizade. Gostamos dos nossos Amigos.

Autora Maria Robertson

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Fora o amor de mãe que é incondicional, o mais belo amor que eu conheço, é o amor entre amigos, que é puro, fiel, e verdadeiro !
Por Cleo...

Como uma conversa ‘de sofá’ mudou minha visão de relacionamentos




Se eu pudesse dar um grande conselho a qualquer pessoa que diz gostar de alguém e querer essa pessoa por perto pro resto dos seus dias, eu diria apenas uma coisa: A amizade é a coisa mais importante num relacionamento. E em muitas palavras, vou tentar explicar porque eu defendo isso para qualquer pessoa que for.
Um dia, numa conversa despretenciosa, surgiu uma questão bastante intrigante. Afinal de contas, o que exatamente faz um relacionamento dar certo? Claro que, nesse momento, preciso entender que cada um é cada um, cada relacionamento tem suas particularidades e que cada pessoa procura em outra algo específico, mas o que exatamente une todas elas? O que queremos ter, além de carinho e ser amados, mais do que qualquer coisa? Eu digo: O que precisamos é ter parceiros do lado. Várias vezes eu bato nessa tecla, e acho que até o fim dos dias desse blog eu vou insistir nisso. Nada pode manter algo mais prazeroso num relacionamento do que saber que você pode efetivamente contar com aquele que está ao seu lado.




Nessa hora, talvez o ideal seja fazer uma lista de coisas no seu relacionamento que vão acabar, mudar ou deixar de ser importantes pra tentar mostrar a vocês que a amizade pode e deve ter prioridade.



Beleza



Nem preciso explicar isso aqui, né? Tirando a sacadinha que diz que “Quem ama o feio, bonito lhe parece!”, é um fato lógico que com o passar do tempo a beleza física vai embora. Existem outras coisas que continuaremos achando bonitas com o passar dos tempos, como o fato dela sempre sentir vergonha quando fala alguma coisa relacionada a sexo ou o fato dele sempre se engasgar quando faz uma declaração bobinha de amor. Mas se o seu ideal num relacionamento hoje é buscar pela pessoa mais bonita, você está fazendo isso errado.



Acredite, pode não ser o seu caso, mas conheço gente assim. De verdade.



Sexo



Se por um lado é inegável a importância do sexo num relacionamento saudável, por outro lado depois de um tempo isso também pode acabar perdendo a importância. Explorar a sexualidade e descobrir tudo o que gostam de fazer juntos vale a pena, mas com o passar dos anos isso também vai perder a prioridade na vida do casal. O lance aqui é aproveitar o máximo que puder, descobrir o máximo que conseguir e curtir por mais tempo quanto for possível. E saber que uma hora isso também acaba e você vai estar do lado de alguém que, tirando o sexo, não representa nada pra você?



Amor



Um dos maiores mitos da história da humanidade e dos relacionamentos, o amor por si só nunca será capaz de manter um relacionamento. Até porque, se o amor for fraco acaba. E mesmo sendo forte, uma hora ele por si só não vai aguentar segurar o tranco sozinho. Que adianta, afinal de contas, você amar alguém e, por exemplo, não conseguir aceitar certos ‘defeitos’? Do que adianta amar alguém se, na hora de conversar sobre algum assunto, vocês acabam discordando, brigando, etc etc? O amor é importante, mas não é tudo. Definitivamente.







E sabe o que é legal em se atentar a isso e começar a buscar isso? Por mais diferente que vocês sejam, por mais assuntos nos quais discordem, vocês começam a pensar em coisas como respeitar a opinião alheia, você começa a entender a importância de cada um ter seu espaço, você percebe que é realmente legal saber que apesar de todos os pesares e diferenças que existem entre vocês, na hora que mais precisar de uma força, um afago ou uma lembrança sobre algo que precisa ser lembrado, vai ter alguém contigo pronto para o que der e vier.



Afinal de contas, os amigos são aquela parte da família que a gente acaba escolhendo, como dizem por ai. E se você pensa em um dia ter sua própria família, porque não começar com a melhor amiga que um cara pode ter? Eu já estou trabalhando nisso, como bem sabe o sofá onde costumo ter as melhores conversas que já tive com alguém.

O casamento agora em segundo plano?

(Todos os direitos do blog Diário de casal
http://www.diariodecasal.com.br/)


Exite amor eterno sem casamento? Essa pergunta surgiu numa conversa informal. Aquela história de “quando eu acordo, eu tenho vergonha de minha aparência” e outras coisas ligadas a isso eram discutidas e eu fiquei me perguntando até onde isso iria, já que um dia as pessoas encontram seu par, casam-se e são felizes pra sempre, fazendo com que a pessoa amada te veja diariamente acordando pela manhã com o “pior” de sua boa forma em evidência
Evidente que em se tratando de uma mulher falando isso, a gente pode perceber o tom exagerado, mas isso levou a outra questão, já que ouvi um “não pretendo me casar” e lembrei do crescente número de pessoas que também não sentem mais essa vontade. Sabemos que o casamento, como ocorria antigamente, já não existe mais. O mundo mudou, as pessoas mudaram, as condições mudaram, os problemas mudaram. E mesmo com tudo isso em mente, hoje em dia é raro encontrar alguém que tenha em mente ainda casar-se um dia, com igreja e festa bancada pelos pais da noiva. De repente, o modelo do casamento vem atraindo menos pessoas com o passar do tempo. Porém, de outro lado, sabemos que o amor e aquela pseudo-vontade de passar o resto dos seus dias ao lado de alguém que te completa como ninguém mais no mundo faz ainda habita algumas mentes e corações apaixonados. O paradoxo é grande. Se por um lado o casamento é algo que assusta as pessoas, por outro sabemos que não queremos envelhecer sozinhos.




E essa discussão tem tantos argumentos pra um lado e para o outro que acho que já fica difícil numerá-los e definir o que é melhor, ainda mais porque o que é melhor pra mim nem sempre vai ser melhor pra você. Vamos nos prender em alguns aspectos aqui e ver se conseguimos decidir o que é melhor? Conto com vocês.



Sexo

Assunto amplamente discutido num dos posts anteriores, o sexo pode dar uma esfriada depois do casamento. Ou até antes dele, dependendo da rotina do casal. O lance aqui é que não da pra prever o que pode acontecer na sua futura cama, e isso provavelmente não pode ser o motivo de você querer se esquivar disso. Se o sexo é realmente tão importante na sua vida que você sequer pode cogitar a idéia da falta dele, seu parceiro / sua parceira deve saber disso. E se sabe, você provavelmente terá liberdade para sugerir soluções para eventuais problemas futuros. Afinal de contas, quem foi que disse que só o sexo convencional e certinho é o recomendado pra quem ta casado?



Rotina

Acordar, ir pro trabalho, almoçar, terminar o expediente, voltar pra casa, jantar, dormir. Se você não gosta dessa idéia HOJE, que ainda ta em casa morando com os pais ou sozinho em algum canto, imagina depois que seu bem estar dentro de um relacionamento depender disso? Pra quem mora nas grandes cidades, oportunidades e opções realmente não faltam. Você terá o que fazer todos os dias, a qualquer horário do dia, bastando apenas ter um pouco de disposição. As vezes, concordo, é meio foda tentar fazer tudo acompanhado, e nessas horas você pode realmente arrumar alguma coisa pra fazer sozinho. Mas tenha em mente o seguinte: você está naquela condição porque quer, então não custa nada tentar dar um up nessa rotina e incluir programas variados, até pra distrair a mente um pouco dos problemas. Vive numa rotina chata quem se conforta com ela.



Problemas

Acredite, eles não vão sumir de uma hora pra outra se você não fizer nada. Isso sejam problemas seus, problemas com seu relacionamento, problemas com seu chefe, com o entregador de jornais. TODO MUNDO TEM PROBLEMAS NA VIDA. Uns tem uns mais difícieis de lidar, outros mais fáceis. Seu problema, de qualquer forma, nunca vai ser o pior problema do mundo. E sempre ouvi da minha avó, sábia, que um problema se resolve indo pra cima dele com garra. Ok, nem foi minha avó que disse isso, mas tome nota: Com garra a gente resolve qualquer coisa. Se faltar garra em um de vocês dois, tenha pelos dois.



Conversas

Seja morando junto, na condição de casado, ou seja morando a 900km de distância, uma coisa que sempre irá ajudar é conversar. Nada pode ser melhor num relacionamento do que conseguir entender o que o outro quer, quais são seus sonhos, quais são seus desejos, o que lhe dá medo, o que lhe faz bem. E por mais que as pessoas insistam, nada na vida vai ser melhor que uma conversa aberta e sincera sobre qualquer assunto.



- – -



E amigos homens, a dica que vai definitivamente mudar seu relacionamento: Falem. Sempre. Tudo. Acho que uma das maiores dicas que posso dar aos amigos é conversar, perguntar, se interessar, participar, entender e compartilhar tudo o que puder com a pessoa que ta ao seu lado. Não queiram esperar até a hora que a relação não tiver mais jeito de ser retomada pra tentar mudar, porque ai com certeza vai ser tarde demais e você vai se arrepender por não ter feito tudo isso antes. Se você sabe pra onde estão indo, e se estão indo juntos pra lá, todo o resto é só um grande detalhe na vida de vocês.



No fundo, não da pra mudar o que as pessoas são. Então, se a pessoa que ta destinada a ficar com você prefere fazer isso de uma forma menos convencional, talvez seja melhor começar a pensar em duas coisas: se adaptar a isso e curtir dessa forma ou deixar isso de lado de uma vez. E isso, amigos, só vocês poderão decidir.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Prisão e casamento

Prisão e casamento




Por Antonio Brás Constante*



O casamento é a prisão perfeita, pois faz com que o próprio apenado decida se entregar, construindo sua cela em um terreno financiado por ele mesmo, providenciando o seu sustento e de sua carcereira. Tudo feito através de atos espontâneos, motivados pela sociedade que convence o candidato a prisioneiro com promessas de felicidade eterna.



A pena para quem casa é de prisão perpétua. Pois o juiz, ou melhor, o padre sempre finaliza a sentença dizendo: “até que a morte os separe”. A única forma conhecida de se libertar desta prisão é por mau comportamento. O casamento é um regime onde o prisioneiro cumpre sua pena em regime semi-aberto. Saindo durante o dia para trabalhar como qualquer homem livre e solteiro, voltando ao seu cárcere ao anoitecer.



Para que o homem não se sinta tentado a “pular o muro” em busca de alguma louca aventura fora de sua cela, existem dispositivos extremamente eficientes para monitora-lo, intitulados de “vizinhos” e “parentes”, que conseguem rastrear suas atividades impedindo qualquer desvio de sua conduta.



Uma das curiosidades sobre o casamento, é que o homem (por se achar muito esperto), resolve em um dado momento que pode roubar a sua noiva dos pais dela, mas esquece que fazendo isto é ele quem acabará preso. Aliás, o casamento é o único sistema penal onde o prisioneiro pode abertamente ter relações íntimas com sua carcereira, tendo inclusive filhos com ela, que podem ser futuros prisioneiros ou futuras carcereiras. Como o aprisionado dispõe desta liberdade com a carcereira, fica proibido de ter outras visitas íntimas.



As punições por seus erros de conduta vão desde a falta de um jantar até algumas noites dormindo no “solitário” (também conhecido como sofá), que é uma versão doméstica da solitária. É neste lugar que o pobre marido tem de se sujeitar a ficar em eventuais brigas conjugais. Ao invés de algemas o apenado recebe uma aliança, que deve permanecer em seu dedo enquanto viver. A retirada ou perda desta jóia é recebida com sessões de tortura, que começam nos ouvidos e terminam com a ameaça da vinda de sua sogra para morar com vocês em sua cela.



Nos finais de semana os prisioneiros têm direito a banhos de sol, desde que façam os mesmos segurando uma enxada, que será utilizada para capinar o pátio. O prédio da prisão onde o apenado reside serve para duas situações: garantir o conforto de sua carcereira e prole, bem como facilitar a localização do mesmo para o recebimento dos impostos vindos pelo correio, onde é cobrado pelo governo por estar preso.



O homem quando se deixa enfeitiçar pelos encantos de uma mulher, fica cego de amor e logo vai entregando a chave de seu coração, esquecendo-se que o resto do corpo também faz parte do pacote. Em algumas dessas prisões chamadas de lares, as carcereiras efetuam revistas nos prisioneiros quando estes retornam do trabalho, procurando em seus corpos e bolsos, marcas ou bilhetes que sirvam de prova contra os réus.



Algumas normas devem ser obedecidas na prisão: Não “roubar” doces da geladeira. Não ficar atirado no sofá da sala “matando” tempo. E principalmente não “desviar” olhares para outras mulheres.



Enfim, o casamento é uma prisão dentro de outra prisão chamada vida, e que apesar de todas as reclamações que possam surgir, ainda é um lugar maravilhoso, seguro e aconchegante, pelo qual vale a pena cumprir integralmente a sua pena. Case-se, e saberá se estou dizendo a verdade ou apenas mentindo.



*Bancário, Bacharel em Ciência da Computação e membro da Associação Canoense de Escritores. Sites:

www.abrasc.pop.com.br e www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc

You'll Be In My Heart....tradução.....Você Estará Em Meu Coração



Vamos, pare de chorar

Vai ficar tudo bem

Apenas pegue minha mão

Segure forte





Eu te protegerei

De tudo ao seu redor

Eu estarei aqui

Não chore





Para alguém tão pequena

Você parece tão forte

Meus braços te abraçarão

Manterão você segura e aquecida

Este laço entre nós

Não pode ser quebrado

Estarei aqui

Não chore





Porque você estará em meu coração

Sim, você estará em meu coração

Deste dia em diante

Agora e para sempre mais





Você estará em meu coração

Não importa o que eles dizem

Você estará aqui em meu coração, sempre





Por que eles não conseguem entender

a maneira como nos sentimos?

Eles simplesmente não confiam

Naquilo que não conseguem explicar

Eu sei que somos diferentes mas,

Fundo, dentro de nós

Não somos tão diferentes assim





E você estará em meu coração

Sim, você estará em meu coração

Deste dia em diante

Agora e para sempre mais.





Não dê ouvidos a eles

porque, o que eles sabem?

Nós precisamos um do outro

Ter um ao outro, abraçar

Eles verão com o tempo

Eu sei





Quando o destino te chama

Você precisa ser forte

Eu posso não estar com você

Mas você terá que segurar

Eles verão com o tempo

Eu sei

Nós mostraremos a eles juntos





Porque você estará em meu coração

Acredite em mim, você estará em meu coração

Deste dia em diante

Agora e para sempre mais.





Oh, você estará em meu coração

(Você estará aqui em meu coração)

Não importa o que dizem

(Eu estarei com você)

Você estará em meu coração, sempre

(Você estará aqui,Sempre...)

Sempre





Eu estarei com você

Eu estarei aqui para você sempre

Sempre e sempre.

Só olhe sob seu ombro

Só olhe sob seu ombro

Só olhe sob seu ombro

Eu estarei aqui, sempre

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Alcoolismo na Família




Alcoolismo na família: Que fazer?

Se tens amigos, vizinhos ou colegas do trabalho que sofrem por problemas ligados ao álcool, já se apercebeu, com certeza da gravidade das suas dificuldades.

O alcoolismo não atinge unicamente as pessoas dependentes do álcool, mas tem também repercussões na família, no seu conjunto, nas relações profissionais e privadas, assim como na sociedade em geral.

Há em Portugal cerca de 600.000 dependentes do álcool, e relacionados com estes, haverá cerca de 2.400.000 pessoas que vivem directa ou indirectamente as consequências da doença alcoólica.

Mas há, no entanto, soluções meios e pessoas que poderão ajudar os doentes alcoólicos e as suas famílias a sair dos seus problemas e reencontrar a esperança para todos.

O processo de resolução deste problema é constituído por 3 etapas:

Informação sobre a doença alcoólica;

Conhecimento e compreensão do papel de cada um no seio da família com problemas ligados ao álcool;

Procura de ajuda por si próprio e restantes elementos envolvidos no sistema família

Informação sobre a doença alcoólica

O que é o alcoolismo?

A coisa mais importante a saber: O Alcoolismo não é uma fraqueza de caracter, nem um vicio, mas sim uma doença.

O alcoolismo é caracterizado por uma dependência do álcool ( etanol ), do ponto de vista físico e psíquico.

O indivíduo dependente perdeu a liberdade de se abster no consumo de bebidas alcoólicas, não conseguindo controlar o seu consumo; a necessidade de beber ocupa os seus pensamentos, modificando o seu comportamento.

Considera-se que se trata de uma doença complexa, em que as causa são múltiplas:
no indivíduo: no plano biológico genético e psicológico;
no meio circundante: a nível social e a nível cultural.

A dependência do álcool conduz a uma necessidade física de beber, provocada pela falta de álcool. A isto bem juntar-se a necessidade psicológica de consumir: O indivíduo dependente tem a ideia de não conseguir viver sem álcool.

Uma doença que afecta toda a família no seu conjunto

O problema do alcoolismo não diz respeito apenas à pessoa que consome bebidas alcoólicas. Os membros da sua família, as pessoas mais próximas, são particularmente atingidas no plano afectivo e no seu quotidiano, sentindo-se tão desamparados como o doente alcoólico.

A dependência atinge toda a família, divide-a e isola-a do resto do mundo. Os sentimentos, os pensamentos e os comportamentos de cada membro da família são dirigidos para o consumo de bebidas alcoólicas pelo familiar dependente.

O alcoolismo é portanto, mais que um problema individual, na medida em que atinge a família no seu conjunto.

Considera-se muitas vezes “ doença do sistema familiar “: uma vez que cada um esta envolvido, quer no processo de desenvolvimento do problema, quer na sua resolução.

Para se sair da dependência do álcool, é preciso aprender a conhecer esta doença e desfazer mitos, falsos conceitos e ideias pré-concebidas.

A moderação

Muitos dos consumidores sentem imediatamente efeitos agradáveis logo que ingerem bebidas alcoólicas: prazer, desinibição e conviabilidade.
No entanto a maior parte das pessoas que as consomem com moderação conseguem-no fazer deste modo durante toda a vida.

Para se beber sem perigo é indispensável a moderação.

Consumir moderadamente é beber de modo a não ter problemas, nem os criar nos outros.

Mas o álcool é uma droga que actua de maneiras diferentes, de indivíduo para indivíduo. Em certas situações e em certas pessoas, uma pequena quantidade de álcool basta para fazer desequilibrar no sentido da dependência.

Como é criada a dependência?

A dependência física e psíquica caracterizam a doença alcoólica. Esta dependência só fica claramente visível quando se instala. Conhecer as diferentes etapas da doença pode ajudar a família a melhor compreender o que é o alcoolismo e tornar eficaz a ajuda a prestar ao doente e a ela própria.

Consumo de risco

Por razões diversas certas pessoas perdem o controle do consumo de álcool. Eles encontram no álcool efeitos tão particulares e vantagens tão importantes de ponto de vista psíquico e/ou social, que não conseguem prescindir dele. Daí resulta um consumo de risco. D e facto o organismo habitua-se ao efeito do álcool, assim como a vida social; muitas vezes arranjam inúmeros pretextos para beber em sociedade.

Consumo problemático

Quanto mais o álcool influenciar a vida do consumidor, mais facilmente se instalará a dependência. A tolerância aumenta, e ele bebe cada vez mais para sentir os seus efeitos. Vai-se afastando pouco a pouco dos outros e começa a perder interesse pelas coisas. Bebe diariamente, muitas vezes ás escondidas e luta para controlar o consumo. Alguns tentam definir os seus limites e conseguem deste modo viver alguns períodos de abstinência. Infelizmente estes períodos são geralmente de curta duração. Nesta fase o consumo começa a influenciar negativamente a vida do indivíduo, as suas responsabilidades e o seu ambiente familiar e profissional. Há assim um sério risco de alcoolismo.

A dependência

O álcool domina a vida do indivíduo que se tornou totalmente dependente do álcool. Nesses casos bebe, para não sentir os efeitos da sua falta; o seu organismo tem necessidade de álcool para funcionar “normalmente”. O alcoólico perde as suas ambições, a dependência torna-o inseguro. As suas faculdades intelectuais diminuem, e tem medos não habituais, tornando-se desconfiado e retraído. A família sofre também as consequências dessa mudança.

Como actua o álcool no organismo?

O abuso do álcool, com o decorrer dos anos, vai causando inúmeros desgastes na saúde. O álcool é um tóxico para o organismo, destruindo células. Grandes doses, bebidas durante um longo período de tempo podem danificar a maior parte dos órgãos vitais.

A dependência instala-se de modo lento e insidioso. Ela pode, mesmo antes de ser reconhecida, ter já causado inúmeros danos, e até provocar em alguns casos, a morte. Esta degradação do corpo é felizmente reversível, ou pelo menos controlável, se o indivíduo parar de beber.

Os primeiros sinais

O cérebro é o órgão mais vulnerável: a percepção, a coordenação e as funções motoras deterioram-se. O indivíduo pode perder a memória.

Sinal de alarme

Um alcoolismo de longa duração afecta o cérebro, o fígado, o coração e o pâncreas; aumenta o risco de cancro, e atinge também o sistema imunitário: as defesas orgânicas diminuem, tornando o indivíduo vulnerável a doenças graves.

Estado de crise

Graves lesões orgânicas, cancros, doenças infecciosas, acidentes e suicídios podem conduzir a uma morte prematura.

A negação

As pessoas alcoólicas têm uma constante necessidade de justificar os seus excessos relativamente às bebidas.

Desenvolvem um mecanismo de defesa, a negação, que lhes permite ignorar que se tornaram dependentes do álcool. Podem assim afirmar que não têm problemas com as consequências desse consumo.

A negação é uma forma de esconder o problema a si próprio e aos outros. Com efeito ele faz batota com a realidade. É por isso que se ouve dizer que “...os alcoólicos são mentirosos“.
A negação é uma atitude muito comum, mesmo admitindo a existência de um problema, os alcoólicos atribuem a causa a tudo, menos ao consumo de álcool.

Por exemplo: “tenho problemas com o meu chefe, mas é porque ele não gosta de mim...”
Eles confundem muitas vezes as causas e as consequências:”...se nós não discutíssemos tanto, eu beberia menos”, assim, enquanto o alcoólico encontrar desculpas para continuar a beber, ele não conseguirá abordar o seu verdadeiro problema.

Falsos conceitos sobre o álcool e o alcoolismo

A maior parte das pessoas têm uma representação do alcoolismo que não corresponde à realidade. Estes mitos e falsas ideias impedem uma melhor compreensão sobre a doença alcoólica e o seio da família, entre amigos ou no meio laboral.

Os alcoólicos dizem:

“...mas eu bebo apenas cerveja”.

A cerveja também tem álcool. Numa cerveja de 33cl, há tanto álcool como num copo de vinho, ou num cálice de aguardente.

“...mas eu tenho um bom emprego...”

A maioria dos alcoólicos estão ainda inseridos profissionalmente, sejam eles, trabalhadores, quadros técnicos ou independentes. Um bom local de trabalho não impede os problemas com o álcool.

A família pensa :


“... Mas é uma pessoa tão simpática ...”

Muitos alcoólicos são simpáticos e agradáveis. Não existe “uma personalidade alcoólica “.

“Mas o nosso lar é tão afectuoso”

Durante muito tempo os alcoólicos mantêm o equilíbrio familiar.
“Mas ele quase nunca se embriaga”

São raros os alcoólicos que se embriagam. Eles bebem apenas o necessário para se sentirem bem.

No trabalho ouve-se :

“Mas ele é tão inteligente para ser alcoólico...”

Não há qualquer ligação entre o quotidiano e a doença alcoólica.

“Mas eu nunca o vi embriagado...”

As pessoas dependentes do álcool conseguem muitas vezes esconder dos seus colegas e chefias as suas  alcoolizações.

“... Mas ele vem trabalhar todos os dias...”

Muitos alcoólicos são assíduos ao trabalho, chegando mesmo a dar a entender que estão em forma, e a dissimular a sua grande apetência para as bebidas.

A sociedade decreta :

“... Mas é um vadio “

A maior parte dos dependentes do álcool é gente normal e respeitável. Só um pequeno número acaba na rua.


“... Mas ele não tem ar de alcoólico...”

Não há um “fácies alcoólico”, e quando existe, muitas vezes é bem disfarçado pelo alcoólico, para não chamar a atenção.

“... Mas ele é de tão boas famílias...”

A doença alcoólica afecta qualquer pessoa, qualquer que seja o estrato social, familiar ou económico.
Conhecer e compreender os papéis de cada um

O meio familiar é um elemento importante da doença alcoólica, porque os diferentes papeis de cada membro pode influenciar de maneira determinante a evolução da doença.

Por à pessoa dependente e/ou para tornar a sua vida mais suportável, os familiares adoptam comportamentos que na maioria das vezes mantêm o problema e por vezes até o acentuam.

Logo que se toma consciência do papel que cada um desempenha no mecanismo de dependência, os familiares podem então reagir, modificar as suas atitudes e distanciarem-se. Neste sentido, a família terá a possibilidade de influenciar positivamente a evolução da dependência.

Como reage a família

A maneira de viver do alcoólico afecta-o a si próprio e á sua família. As tensões e a insegurançaocasionadas pelo seu comportamento, influenciam todos e deterioram o ambiente familiar.

Dúvidas , desconfianças
Muitos membros da família desconfiam do doente alcoólico. Isto leva a numerosos confrontos e conflitos, independentemente do facto de se beber ou não. Estas desconfianças permanentes são desmoralizadoras.

Insegurança

Os doentes alcoólicos são frequentemente negligentes no que diz respeito ás responsabilidades familiares e sentimentos para com a família. O seu comportamento põe também em risco, o emprego e a economia familiar. Este facto é causa de grande insegurança.

Medo

Uma família que luta com dificuldades imprevisíveis, vive um clima de stress e de medo. Medo que o doente regresse á noite, de novo embriagado, arriscando-se a um acidente de condução ou irritado e violento. Medo de que a família se divida.

Sentimentos de culpa

A família sente-se por vezes responsável pela alcoolização do doente. Cada um pensa secretamente que “se eu fosse simpático, mais calmo para com ele, ele beberia seguramente menos...”

Desilusão

As pessoas alcoólicas não são capazes de cumprirem as suas promessas. Assim, também a família não se ilude, não esperando outra coisa do doente.

Solidão , isolamento

A lei do silêncio impõe á família não se pronunciar em conjunto, acerca do problema do álcool. A comunicação fica perturbada e cada um fica sozinho face ás suas angústias.

Vergonha

O sentimento de vergonha leva a família a evitar os lugares onde possam ser vistos com o familiar alcoólico, este pode, de facto, ter um comportamento vexante sempre que bebe, o que perturba profundamente a sua família. Esta vergonha vai também impedir a procura de ajuda no exterior.

Cólera , rancor

Os doentes alcoólicos exigem demasiado das suas famílias: paciência, coragem e persistência. A cólera, a frustração e rancor aparecem. A unidade da família está em perigo.

Sofrimento, dor

É particularmente doloroso para os familiares, ver quem amam, modificar-se por causa do álcool. Mais ainda, se os esforços para o ajudarem, as conversas havidas não tiverem qualquer efeito, levando ao afastamento.

QUE PAPEL CABE A CADA UM ?


A dependência desenvolve-se de forma dissimulada. Os familiares adoptam muitas vezes papéis que acentuam, ainda que involuntariamente este fenómeno.

Estes papéis são muitas vezes uma adaptação inconsciente da família a uma situação demasiadamente pesada. Eles trazem todos, benefícios a curto prazo.


Mas a longo prazo, prolongam e reforçam os comportamentos de dependência, é por isso que é importante reconhecer estes papéis, a fim de os poder ultrapassar. O sistema familiar pode assim reencontrar, com muita paciência e persistência, a sua serenidade.

Os papéis mais observados na família onde há problemas ligados ao álcool, estão descritos abaixo, no masculino, mas tanto podem ser adoptados por homens como por mulheres.

Procurar ajuda

Fora do meio familiar

O alcoolismo é ultrapassável :

Cada pessoa pode modificar alguma coisa na sua própria vida para não sofrer todas as consequências desta doença.

Os membros de uma família comparados com o problema devem primeiro aprender a libertar-se da pressão em que vivem e tornarem-se independentes do alcoólico, pois ao tornarem-se independentes os membros da família preparam-se para ajudar de uma forma mais efectiva.

Assim, o processo de ajuda não começa por proibir ou impedir, mas pela tomada de consciência do poder que o álcool representa sobre o seu próprio comportamento e pela necessária libertação.

O passo não é fácil de dar, por isso necessitam de um suporte e de uma ajuda, que deve ser procurada fora da família.

O distanciamento fará a mudança possível, mas ela não implica que se retire o afecto à pessoa alcoólica.

Existem numerosos organismos de aconselhamento e grupos de auto-ajuda que podem acompanhar e aconselhar o alcoólico da família, pois sair da dependência uma mudança de maneira de pensar e de agir.


Onde encontrar ajuda e orientação
Um primeiro passo importante, consiste em procurar ajuda fora do sistema familiar.

A família tem necessidade de ajudar por parte de pessoas que conhecem bem o alcoolismo e todas as consequências desta doença.

O Defensor

O defensor insinua-se muitas vezes na vida do alcoólico para o ajudar.

Se um indivíduo alcoólico é incapaz de trabalhar ou de cumprir uma obrigação, o defensor estará lá para justificar a sua ausência e para o substituir no seu trabalho.

Estas atitudes vão ajudar a proteger o alcoólico das consequências desagradáveis

O Protector

O protector assume tudo para que o alcoólico não seja responsabilizado.

Neste caso também é reforçado o comportamento abusivo do alcoólico.

O Revoltado

O revoltado tenta, por uma conduta inadaptada, desviar a atenção da família para outros aspectos que não o problema ligado ao álcool.

Assim as crianças sentem-se prisioneiros desta situação familiar, podendo reagir com maus resultados escolares, com agressividade ou outros comportamentos excessivos.

O Herói

O herói tenta desviar a atenção do problema com o álcool, adoptando um comportamento exemplar. Ele espera secretamente que esta atitude ajude o alcoólico a deixar de beber.

O Acusador

O Acusador atribui ao álcool a causa de todos os problemas familiares. O alcoólico torna-se o principal alvo, o que vai reforçar a raiva e a impotência da pessoa dependente, dando-lhe novas razões para beber.

O Passivo, fechado em si próprio

O passivo é apático para se distanciar e se proteger da dor e da culpa. Esta indiferença é um mecanismo de defesa muito profundo, que não significa em caso nenhum, um desinteresse pelo doente alcoólico.

A pessoa passiva sofre interiormente, recusando-se a confrontar-se com o problema do álcool e suas consequências.

Conseguir :

Conhecer as atitudes que sustentam a dependência.

Os familiares que se deixam manipular pelo comportamento de um bebedor, tornam-se eles próprios parte integrante do problema. Indirectamente eles mantêm o abuso do álcool da pessoa em causa e deterioram a sua própria qualidade de vida. Tudo isto impede a resolução do problema.

Reforços

Certos membros da família não suportam ver sofrer o alcoólico e reagem com atitudes que paradoxalmente mantêm a dependência. Estes comportamentos provêm frequentemente das pessoas afectivamente mais próximas do doente – o cônjuge, um filho, amigos, colegas de trabalho. Todos podem adoptar inconscientemente e por durante muito tempo tal atitude.

Não responder ás próprias necessidades

À força de se ocuparem das dificuldades do alcoólico, os membros da família não podem viver uma vida normal e não respondem mais ás suas dificuldades, sem o querer, são os alcoólicos que terão o poder de comandar as suas vidas.

Andar em círculo

Assim durante o longo tempo em que o sistema familiar foi dominado pelo álcool ficará preso um circulo vicioso. O grande consumo da pessoa dependente vai induzir no seu meio familiar comportamentos que a seu tempo incitarão o alcoólico a beber ainda mais. Só as pessoas exteriores a este sistema familiar poderão quebrar este circulo vicioso.

Conseguir:

Adoptando novos comportamentos

Em geral, o primeiro passo para conseguir a resolução de um problema familiar ligado ao álcool, não consiste em modificar as atitudes dos outros membros da família.

Centrando-se nas suas próprias necessidades, recusando o apoio às alcoolizações, procurando suporte externo, a família porá em marcha o processo de remissão. Para isso é necessário estar determinado em se distanciar das atitudes do alcoólico e de se interessar por si próprio.

Cada um é responsável pelos seus actos

Logo que família deixa de proteger o alcoólico do abuso que ele não controla, dos excessos e das eventuais abstinência, ela passa a desculpabilizar-se e atribui à pessoa em causa a inteira responsabilidade dos seus actos. Porque cada um faz a sua vida e deve ser livre para o fazer. A família pode, por isso, legitimamente distanciar-se do alcoólico para não se sentir responsável pela sua dependência.

Assim todos ganham em autonomia.

Concentrar-se nas suas próprias necessidades

Logo que a família deixa de ser influenciada pela doença alcoólica, começam então a resolução de uma parte do problema.

Dando prioridade às necessidades de cada um, os membros da família, dão um passo decisivo em direcção a uma vida mais livre e de melhor qualidade. Só se pode ajudar o outro quando se é forte e equilibrado.
Quebrar o círculo vicioso
Reconhecer que existe um problema de álcool na sua família e que o problema diz respeito a cada um, permite falar das dificuldades sentidas, tanto no exterior como no interior.

Quebra-se assim, para cada pessoa, a “lei do silêncio” que fazia do problema um tabu.

Agir e querer mudar as coisas, não é fácil. Ajuda, suporte e compreensão vindas do exterior, serão mais uma vez de grande utilidade.

Quem pode ajudar a família do alcoólico?

Logo que os membros da família se sintam preparados para aceitar a ajuda exterior, eles compreenderão que não são os únicos a ter este tipo de problema. Muitas outras pessoas estão confrontadas com as mesmas dificuldades.

Assim, a família terá à sua disposição apoios que não são de desprezar:

Grupos de auto-ajuda, serviços especializados, etc...

Grupos de Auto-Ajuda

Estes grupos são compostos por pessoas que vivem ou viveram o mesmo problema, ou seja, alcoolismo família.

Tais grupos dirigem-se não só aos familiares de alcoólicos, mas também a pessoas que crescem numa família alcoólica, sofrendo por isso as respectivas consequências.

Estes grupos oferecem um clima de confiança, calor humano, apoio para ultrapassar os problemas do álcool no seio familiar, facilitando também as trocas de experiência.

Serviços especializados
Muitas famílias procuram ajuda junto de instituições especializadas. Há neste âmbito, muitas possibilidades.

Os centros de alcoologia não são os únicos a poder ajudar. Eles podem também propor outras alternativas terapêuticas. O seu conselho não só e gratuito, como também esta sujeito ao sigilo profissional.

Estes serviços oferecem a possibilidade de discutir a sós ou com a família, este tipo de problemas. Encontraremos o endereço na lista. Diferem uns dos outros, por vezes conforme a região, o tipo de técnicos e técnicas usadas no que respeita ao álcool, e toxicodependências , mas no fundamental, todos saberão aconselhar a orientar para outros serviços.

Os centros de Saúde, os médicos de família e outros estarão também aptos a aconselhar sobre os problemas ligados a álcool.

Quem pode ajudar o doente alcoólico
Após a abordagem franca do problema pelos membros da família, o doente alcoólico poderá sentir-se desprotegido. Isto pode, numa primeira fase estimular o aumento do consumo, mas pouco a pouco, os esforços da família para se sentir melhor, terão efeitos no indivíduo alcoólico.

Estas mudanças familiares levá-lo-ão a enfrentar a realidade e obrigá-lo-ão a ter que assumir as suas responsabilidades. Esta crise momentânea oferece uma possibilidade ao bebedor de admitir a sua doença e de pedir ajuda.

Para o doente alcoólico existem também inúmeras possibilidades, desde que efectivamente queira voluntariamente mudar a sua situação.

O objectivo de todos os tratamentos é o mesmo: aprender a assumir e a resolver os seus próprios problemas sem recorrer ao álcool.

O primeiro passo é a abstinência alcoólica- tratamento físico.

O tratamento

Significa parar totalmente o consumo de bebidas alcoólicas. Esta paragem não pode ser progressiva, mas imediata.

Uma vez abstinente, há medicamentos específicos eficazes para ajudar o doente a ultrapassar sem sofrimento o síndroma de abstinência daí resultante.

Este estado de abstinência, pode, por vezes, trazer riscos para a saúde, e por isso é necessário um acompanhamento médico efectivo. Por isso se efectua tratamento em hospitais ou clínicas especializadas.

Contudo, é possível efectuar este tratamento em regime ambulatório.

O tratamento de desintoxicação física é apenas uma das etapas do sentido da recuperação. O doente deverá aprender a viver sem álcool, uma vez que a dependência o impede de voltar a beber, mesmo que moderadamente.

GRUPOS DE AJUDA
Os grupos de auto-ajuda reúnem pessoas que vivem uma dificuldade comum e se entre ajudam para a ultrapassar. Neste casos, manter a abstinência é a maior dificuldade. A participação regular em reuniões de tais grupos é uma forma corrente de tratamento. Os grupos estão sempre disponíveis para as pessoas que tenham problemas de álcool, e que procurem quem os ouça e quem os ajude. Estes grupos(Alcoólicos Anónimos, Alcoólicos Tratados, etc.), tal como as instituições especializadas, oferecem este tipo de apoio.

MÉDICO DE FAMÍLIa
O médico de família é um profissional importante para a abordagem dos problemas ligados ao álcool no seio da família. A relação de confiança entre o médico e o seu paciente facilitará indiscutivelmente a abordagem do problema da dependência, quer física quer psíquica. O médico de família pode dar informações necessárias sobre a doença, falando com o seu paciente procurando soluções realistas. Pode de acordo com as necessidades, propor locais de tratamento e tratamentos especializados.


TRATAMENTO AMBULATÓRIO

O tratamento ambulatório permite abordar o problema sem interromper a actividade da vida profissional. Para isso, o doente deve encontrar-se regularmente com o terapeuta ou com o técnico de Serviço Social, mantendo as actividades quotidianas habituais.


TRATAMENTO EM REGIME DE INTERNAMENTO

O internamento destina-se a pessoas dependentes que têm necessidade de tempo para efectuar o tratamento físico e restabelecer o equilíbrio psicológico sem álcool. Regra geral dura 2 a 4 semanas, e são efectuados em instituições especializadas, ou em clínicas. Em princípio é aconselhado posteriormente um seguimento regular em regime ambulatório durante 1 ou 2 anos. A maior parte dos tratamentos da doença alcoólica propõe a participação do cônjuge ou da família no processo de recuperação do sistema familiar.

A ESPERANÇA EXISTE
Muitos alcoólicos mantêm a abstinência alcoólica após o tratamento. A recuperação é um processo lento, é preciso tempo, para que sejam visíveis as modificações. O alcoolismo é uma doença crónica, por isso a recaída pode surgir em qualquer momento. A recaída não deve ser considerada como um insucesso, uma fraqueza da pessoa, mas como um sinal de que as dificuldades ainda não estão totalmente ultrapassadas e de que o indivíduo não poderá recorrer ao álcool para as resolver. É neste momento que o doente alcoólico tem necessidade de suporte para encontrar a sobriedade. Neste âmbito são essenciais os programas de acompanhamento em regime ambulatório e pós-cura, bem como a preciosa intervenção dos grupos de auto-ajuda.


É com a ajuda e suporte de pessoas exteriores à família, com muita paciência, compreensão e perseverança recíproca, que o doente alcoólico e a sua família tomam consciência dos seus problemas pessoais e das suas necessidades. Só assim admitirão os seus próprios limites de forma a poderem encontrar o seu caminho e ultrapassar esta crise dolorosa, aspirando a uma existência mais feliz na sociedade.

CONCLUSÃO

Na abordagem deste tema facilmente nos apercebemos de três elementos: o álcool, alcoólico e a família, que estão intimamente relacionados. O abuso de álcool provoca alterações não só no indivíduo mas também em tudo o que o rodeia, família e amigos. É importante salientar que o alcoolismo não é um vício mas sim uma doença. Este é um problema que afecta todas as camadas sociais, desde pobre vagabundo á família mais rica. Facilmente se fica dependente do álcool mas é difícil de se libertar. Existem contudo várias instituições que podem ajudar a família alcoólica, a recuperar desta doença. Nunca nenhum alcoólico se culpa por beber, este culpa sempre os outros. Não assume que tem uma doença e foge sempre a razão. Vai envolvendo tudo, deixa de se interessar pelas coisas e pensa unicamente no seu companheiro que o compreende e ouve sem repreender, a sua querida garrafa, onde ele apaga todas as suas mágoas. Deparamo-nos também, com o problema da violência familiar que nestes últimos anos têm aumentado sensivelmente nas crianças e mulheres sendo as vítimas. Os maiores problemas de violência são devido ao abuso do álcool.

Sentimento de culpa...

Nunca, em hipótese nenhuma,abra mão da sua vida,da sua liberdade por causa de outra pessoa !
Se você não entende não vê, se não me vê não entende, não procure saber onde estou, se o meu jeito te surpreende..."

Culpa


CULPA


A BUSCA DA PERFEIÇÃO

Antônio Roberto Soares

Por detrás de nossas tristezas e frustrações, de nossas insatisfações na vida, de nossos tédios e angústias, está um sentimento, o mais arraigado em nosso comportamento e responsável por grandes sofrimentos psicológicos, que é o sentimento de culpa. O sentimento de culpa é o apego ao passado, é uma tristeza por alguém não ter sido como deveria ter sido, é uma tristeza por ter cometido algum erro que não deveria ter cometido. O núcleo do sentimento de culpa são estas palavras: "Não deveria...". A culpa é a frustração pela distância entre o que nós fomos e a imagem de como nós deveríamos ter sido. Nela consiste a base para a auto-tortura. Na culpa, dividimo-nos em duas pessoas: uma real, má, errada, ruim, e uma ideal, boa, certa e que tortura a outra. Dentro de nós processa-se um julgamento em que o Eu ideal, imaginário, é o juiz e o Eu real, concreto, humano, é o réu. O Eu ideal sempre faz exigências impossíveis e perfeccionistas. Assim, quando estamos atormentados pelo perfeccionismo, estamos absolutamente sem saída. Como o pensamento nos exige algo impossível, nunca o nosso Eu real poderá atendê-lo. Este é um ponto fundamental.

Muitas pessoas dedicam a sua vida a tentar realizar a concepção do que elas devem ser, em vez de se realizarem a si mesmas. A diferença entre auto-realização e realização da imagem de como deveríamos ser é muito mais importante. A maioria das pessoas vive apenas em função da sua imagem ideal e este é um instrumento fenomenal para se fazer o jogo preferido do neurótico: a auto-tortura, o auto aborrecimento, o auto-castigo, a autopunição, a culpa.

Quanto maior for a expectativa a nosso respeito, quanto maior for o modelo perfeccionista de como deve ser a nossa vida, maior será o nosso sentimento de culpa. A culpa é a tristeza por não sermos perfeitos, é a tristeza por não sermos Deus, por não sermos infalíveis; é um profundo sentimento de orgulho e onipotência; é uma incapacidade de lidar com o erro, com a imperfeição; é um desejo frustrado; é o contato direto com a realidade humana, em contraste com as suas intenções perfeccionistas, com os seus pensamentos megalomaníacos a respeito de si mesmo. E o mais grave é que aprendemos o sentimento de culpa como virtude!

A culpa sempre se esconde atrás da máscara do auto-aperfeiçoamento como garantia de mudança e nunca dá certo. Os erros dos quais nos culpamos são aqueles que menos corrigimos. A lista de nossos "pecados" no confessionário é sempre a mesma. A culpa, longe de nos proporcionar incentivo ao crescimento, faz-nos gastar as energias numa lamentação interior por aquilo que já ocorreu, ao invés de as gastarmos em novas coisas, novas ações e novos comportamentos. Por isto mesmo, em todas as linhas terapêuticas, este é um sentimento considerado doentio. Não existe nenhuma linha de tratamento psicológico que não esteja interessado em tirar dos seus pacientes o sentimento de culpa. A culpa é um auto-desprezo, um auto-desrespeito pela natureza humana, por seus limites e pela sua fragilidade. A culpa é uma vingança de nós mesmos por não termos atendido a expectativa de alguém a nosso respeito, seja esta expectativa clara e explícita, ou seja uma expectativa interiorizada no decorrer da nossa vida. Por isto é que se diz que, ao nos sentirmos culpados, estamos alienados de nós mesmos, e a nossa recriminação interna não é, nem mais nem menos, do que vozes recriminatórias dos nossos pais, nossas mães, nossos mestres ou outras pessoas que ainda residem dentro de nós.

Mas aquilo que nos leva a esse sentimento de culpa, aquilo que alimenta esta nossa doença auto-destrutiva, são algumas crenças falsas. Trabalhar o sentimento de culpa é, primordialmente, descobrir as convicções falsas que existem em nós, aquelas verdades em que cremos e que são errôneas, e nos levam a este sentimento. A primeira delas é a crença na possibilidade da perfeição. Quem acredita que é possível ser perfeito, quem acha que está no mundo para ser perfeito, quem acha que deve procurar na sua vida a perfeição, viverá necessariamente atormentado pelo sentimento de culpa. A expectativa perfeccionista da vida é um produto da nossa fantasia, é um conceito alienado de que é possível não errar, que é possível viver sem cometer erros.

Quanto maior for a discrepância entre a realidade objetiva e as nossas fantasias, entre aquilo que podemos nos tornar através do nosso verdadeiro potencial e os conceitos idealistas impostos, tanto maior será o nosso esforço na vida e maior a nossa frustração. Respondendo a esta crença opressora da perfeição, atuamos num papel que não tem fundamento real nas nossas necessidades. Nos tornamos falsos, evitamos encarar de frente as nossas limitações e desempenhamos papéis sem base na nossa capacidade. Construímos um inimigo dentro de nós, que é o ideal imaginário de como deveríamos ser e não de como realmente somos. Respondendo a um ideal de perfeição, nós desenvolvemos uma fachada falsa para manipular e impressionar os outros.

É muito comum, no relacionamento conjugal, marido e mulher não estarem amando um ao outro e, sim, amando a imagem de perfeição que cada um espera do outro. É claro que nenhum dos parceiros consegue corresponder a esta expectativa irreal e a frustração mútua de não encontrar a perfeição gera tensões e hostilidades, num jogo mútuo de culpa. Esta situação se aplica a todas as relações onde as pessoas acreditam que amar o outro é ser perfeito. Quando voltamos para nós exigências perfeccionistas, dividimo-nos neuroticamente para atender ao irreal. Embora as pessoas acreditem que errar é humano, elas simplesmente não acreditam que são humanas! Embora digam que a perfeição não existe, continuam a se torturar e a se punir e continuam a torturar e a punir os outros por não corresponderem a um ideal perfeccionista do qual não querem abrir mão.

Outra crença que nos leva à culpa, esta talvez mais sutil, mais encoberta e profunda, é acreditarmos que há uma relação necessária entre o erro e a culpa, é a vinculação automática entre erro e culpa. Quase todas as pessoas a quem temos perguntado de onde vêm os seus sentimentos de culpa, nos respondem taxativamente que vêm de seus erros. Acreditamos que a culpa é uma decorrência natural do erro, que não pode, de maneira alguma, haver erro sem haver culpa. Se acreditamos nisto, estamos num problema insolúvel. Ou vamos passar a vida inteira tentando não errar para não sentirmos culpa - e isto é impossível porque sempre haverá erros em nossa vida - ou então passaremos a vida inteira nos sentindo culpados porque sempre erramos. Essa vinculação causal entre erro e culpa é profundamente falsa. A culpa não decorre do erro, mas da maneira como nos colocamos diante do erro; vem do nosso conceito relativo ao erro, vem da nossa raiva por termos errado. Uma coisa é o erro, outra coisa é a culpa; erros são erros, culpa é culpa. São duas coisas distintas, separadas, e que nós unimos de má fé, a fim de não deixarmos saída para o nosso sentimento de culpa. O erro é o modo de se fazer algo diferente, fora de algum padrão.

O que é chamado erro é a saída fora de um modelo determinado, que pode ser errado hoje e não amanhã, pode ser errado num país e não ser errado em outro. A culpa é um sentimento, vem de nós, vem da crença de que é errado errar, que não podemos errar, que devemos ser castigados pelas faltas cometidas; crença de que a cada erro deve corresponder necessariamente um castigo, de que a cada falta deve corresponder uma punição. Aliás, o sentimento de culpa é a punição que damos a nós mesmos pelo erro cometido. Não é possível não errar, o erro é inerente à natureza humana, ele é necessário a nossa vida. Na perfeição humana está incluída a imperfeição. Só crescemos através do erro.

As pessoas confundem assumir o erro com sentir culpa. Assumir o erro é aceitar que erramos, é nos responsabilizarmos pelo que fizemos ou deixamos de fazer. Mas quando acreditamos que a culpa decorre do nosso erro, tentamos imputar a outros a responsabilidade dos nossos erros, numa tentativa infrutífera de acabar com a nossa culpa.

A propósito do erro, há um texto interessantíssimo no livro "Buscando Ser o que Eu Sou", de Ilke Praha, que diz: "O perfeccionismo é uma morte lenta. Se tudo se cumprisse à risca, como eu gostaria, exatamente como planejara, jamais experimentaria algo novo, minha vida seria um repetição infinda de sucessos já vividos. Quando cometo um erro vivo algo inesperado. Algumas vezes reajo ao cometer erros como se tivesse traído a mim mesmo. O medo de cometer erros parece fundamentar-se na recôndita presunção de que sou potencialmente perfeito e de que, se for muito cuidadoso, não perderei o céu. Contudo, o erro é uma demonstração de como eu sou, é um solavanco no caminho que tracei, um lembrete de que não estou lidando com os fatos. Quando der ouvidos aos meus erros, ao invés de me lamentar por dentro, terei crescido". Este é o texto.

Algumas pessoas nos perguntam: "Mas como avançar em relação a este sentimento, como arrancar de mim este hábito de me deprimir com os erros cometidos?". Só existe uma saída para o sentimento de culpa. Façamos uma fantasia: imaginemos por um instante que estamos à morte e nossos sentimentos deste momento são de angústia, tristeza e frustração por todos os erros cometidos, por tudo o que deveríamos ter feito e não fizemos; remorsos pelos nossos fracassos como pai, como mãe, como profissional, como esposo, como esposa, como religioso, como cidadão, mas, ao mesmo tempo, estamos com um profundo desejo de morrer em paz, de sair desse processo íntimo de angústia e morrer tranquilos. Qual a única palavra que, se pronunciada neste momento, sentida com todo coração, teria o poder de transformar a nossa dor em alegria, o nosso conflito em harmonia, a nossa tristeza em felicidade? Somente uma palavra teria essa magia. A palavra é: Perdão.

O Perdão é uma palavra perdida em nossa vida. O primeiro sentimento que se perde no caminho da loucura é o sentimento de perdão, o sentimento de auto-perdão. Se a culpa é a vergonha da queda, o auto-perdão é o elo entre a queda e o levantar de novo. O auto-perdão é o recomeço da brincadeira depois do tombo: "Eu me perdôo pelos erros cometidos, eu me perdôo por não ser perfeito, eu me perdôo pela minha natureza humana, eu me perdôo pelas minhas limitações, eu me perdôo por não ser onipotente, por não ser onipresente, por não ser onisciente, eu me perdôo por...". O perdão é sempre assim mesmo, é pessoal e intransferível.

O perdão aos outros é apenas um modo de dizermos aos outros que já nos perdoamos. Perdoarmo-nos é restabelecer a nossa própria unidade, a nossa inteireza diante da vida, é unir outra vez o que a culpa dividiu, é uma aceitação integral daquilo que já aconteceu, daquilo que já passou, daquilo que já não tem jeito; é o encontro corajoso e amoroso com a realidade.

Somente aqueles que desenvolveram a capacidade de auto-perdão conseguem energia para uma vida psicológica sadia. A criança faz isto muito bem. O perdão é a própria aceitação da vida do jeito que ela é, nos altos e nos baixos. O auto-perdão é a capacidade de dizer adeus ao passado, é a aceitação de que o passado é uma fantasia, é apenas saber perder o que já está perdido. O auto-perdão é um sim à vida que nos rodeia agora, é uma adesão ao presente, à única coisa viva que possuímos, que são nossas possibilidades neste momento. Não podemos abraçar o presente, a vida, o passado e a morte ao mesmo tempo. O perdão é uma opção para a vida, o auto-perdão é a paciência diante da escuridão, é o vislumbre da aurora no final da noite. O auto-perdão é o sacudir da poeira, é a renovação da auto-estima e da alegria de viver, é o agradecimento por sabermos que mais importante do que termos cometido um erro é estarmos vivos, é estarmos presentes.

Para encerrar este tema, quero sugerir-lhes uma reflexão sobre este texto escrito por Frederick Pearls: "Que isto fique para o homem! Tentar ser algo que não é, ter idéias que não são atingíveis, ter a praga do perfeccionismo de forma a estar livre de críticas, é abrir a senda infinita da tortura mental. Amigo, não seja um perfeccionista. Perfeccionismo é uma maldição e uma prisão. Quanto mais você treme, mais erra o alvo. Amigo, não tenha medo de erros, erros não são pecados, erros são formas de fazer algo de maneira diferente, talvez criativamente nova. Amigo, não fique aborrecido por seus erros. Alegre-se por eles, você teve a coragem de dar algo de si".